domingo, 25 de março de 2012

COLÓQUIO: Por uma "sociedade nova", concepções Programáticas pró- Frente de Esquerda

O COLÓQUIO: Por uma "sociedade nova", concepções Programáticas pró- Frente de Esquerda acontecerá dia 26 de abril, as 19 horas no Simetal.
O debate em torno da concepções programáticas que convergem para um propósito da classe trabalhadora. Em um próximo colóquio vamos aprofundar a discussão programática para a EDUCAÇÃO, SAÚDE, HABITAÇÃO, MOBILIDADE URBANA, CULTURA, ESPORTE, SANEAMENTO BÁSICO, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE, ESPAÇOS DE MULTIUSOS, entre outros. 
Os partidos têm em comum que o poder deve ser exercido pela classe trabalhadora através dos conselhos deliberativos compostos pelas organizações já existentes dessa mesma classe, por exemplo os sindicatos, as associações de moradores, gênero, diversidade, estudantis entre outras afins. 


Leia...
http://psolblu.blogspot.com.br/2012/03/concepcoes-programaticas-para-um.html 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Concepções programáticas para um projeto de cidade!


O Partido Socialismo e Liberdade - PSOL e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados - PSTU, continuam dialogando sobre a possibilidade de uma aliança para as eleições de 2012 em Blumenau. 
Na reunião do dia 22 de março foram expostas concepções programáticas que convergem para um propósito da classe trabalhadora. Em um próximo colóquio vamos aprofundar a discussão programática para a EDUCAÇÃO, SAÚDE, HABITAÇÃO, MOBILIDADE URBANA, CULTURA, ESPORTE, SANEAMENTO BÁSICO, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE, ESPAÇOS DE MULTIUSOS, entre outros. 
Os partidos têm em comum que o poder deve ser exercido pela classe trabalhadora através dos conselhos deliberativos compostos pelas organizações já existentes dessa mesma classe, por exemplo os sindicatos, as associações de moradores, gênero, diversidade, estudantis entre outras afins. 
Para as próximas reuniões 26 de abril, estão convidados líderes de organizações para contribuir com o conteúdo pró – Frente de Esquerda em Blumenau.


Osni Vagner Presidente do PSOL                        
E-mail: psolblu@gmail.com
                                              
Giovani Zoboli Presidente do PSTU
 F. 91169605


Veja ...
http://psolblu.blogspot.com.br/2012/03/agenda-2012.html

domingo, 4 de março de 2012

AGENDA 2012

Janeiro tivemos a primeira Reunião no dia 19 d janeiro deliberamos uma agenda 2012, foi feita leitura de resoluções; Aprovamos o dialogo com PC do B. Já no dia 18 de fevereiro;  1- analise de conjuntura se observou as crises Europeias de Indignações co o Neoliberalismo. As Revoluções no norte da África, O Brasil demostra fragilidade com o subsídio do óleo, segurando o preço;  Obras como via expressa em Blumenau é verba do Orçamento regionalizado. Mas o município não faz projetos para quadras de esporte para escolas municipais. A conjuntura eleitoral a majoritária com PSDB, PT, PDT, PCdoB em uma pulverização das candidaturas de direita; ficando um espaço para esquerda crescer na cidade. A privataria parece ser uma máxima mesmo que de 49% caso da CASAN e 100% SAMAE de Blumenau. 2- Agenda deliramos reunião com PSTU dia 23 de fevereiro; 3-O dia16 de março Projeto de Cidade, (Pró-Frente de Esquerda PSOL, PSTU e PCB)  marcamos dia 21, 22 e 23 de março de 2012. 4- Programa Eleitoral no dia 14 de abril, um debate sobre como vamos aproveitar o tempo de Rádio e TV (Pró-Frente de Esquerda PSOL, PSTU e PCB), ; 5- O dia 12/05/12  vamos debater e decidir sobre os candidatos para majoritária e proporcional ou seja prefeito e vereadores. Até dia 30 de junho teremos que fazer uma convenção em cada partido para decidir sobre a eleição oficialmente. Registrando candidatos no TRE até 5 de julho. O que foi acordado na reunião do dia 23/02/12 com PSTU (Clausmar) é que o PSOL de Blumenau fazendo aliança com PSTU, não fará aliança com outros partidos a não ser com PCB, para completar a Frente de Esquerda.

Pró - Frente de Esquerda: PSOL, PSTU e PCB

Em nota pública dia 23 de fevereiro de 2012. Os partidos PSOL – Partido Socialismo e Liberdade e PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado de Blumenau tornam público que estão se reunindo visando as eleições municipais de 2012. Na primeira reunião entre as as agremiações chegou-se ao consenso de que numa possível aliança, está será apenas entre partidos da classe trabalhadora (PSOL, PSTU e PCB), formando uma Frente de Esquerda, e sem nenhuma relação com partidos burgueses. De modo especial está possível coligação não terá nenhuma relação econômica com a classe dominante e a campanha será sustentada exclusivamente com recursos da classe trabalhadora.

Uma próxima reunião foi agendada para dia 21 de março, e os partidos também convidam os líderes dos trabalhadores, comunitários, estudantis, movimentos negros, mulheres, contra homofobia, a participarem das reuniões.








Osni Vagner Presidente do PSOL - E-mail: psolblu@gmail.com  Giovani Zoboli Presidente do PSTU - F. 91169605








Blumenau, 23 de fevereiro de 2012.


Recurso Estatal que vai para 'privada' com a privatização do SAMAE!

O projeto atende somente parte em 10 bairros, quatro bairros foram retirados do projeto. Ou seja esses 40% é do projeto e não da cidade. Manipulações, sonegação de informações, demagogia etc. 
Projeto de governo e foz do brasil, não tem cobertura para toda a cidade 50% está fora! Recurso Estatal que vai para 'privada' com a privatização do SAMAE! Se depende dos recursos Estatais da prefeitura e do governo federal, o que o setor privado investe, a 'foz do brasil' está recebendo para fazer a obra e poder explorar. De quanto será o aumento da água, fala-se em 90%, mais o preço do esgoto. Quanto irá custar morar nessa cidade a partir de 2012. Pobre vai ter que ir para mais longe nas cidades vizinhas.
















significa que vamos ter um incremento de 5 % para cerca de 15 % na melhor da Hipótese em toda a cidade. 











Desde o início da concessão, em julho de 2010, a Foz já implantou 90 km de redes de esgoto em Blumenau. O objetivo da concessionária, até o fim de 2012, é ampliar a rede de esgoto tratada para 40%, considerando que atualmente apenas 5% do esgoto é tratado na região. Para isso é imprescindível que as pessoas façam a ligação à nova rede de esgoto em 90 dias, conforme orientado pelo porta-voz da Foz do Brasil.

http://www.fozdobrasil.com.br/fozwp/blumenau/author/admin/ 22 de fevereiro, 2012.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CURSO DE VERÃO II

Dia 14 de janeiro (sábado)
Local: Rua Emilio Geske (Residência do Sr.: Waldir João da Veiga)
Horário: 19 hs.
Pauta:
1- Analise de Conjuntura;
2- Oficina Fé e Vida com dinâmicas de interação do grupo.
3-Calendário de Reuniões 2012; Programa do PSOL, Plano de Governo do PSOL, Estratégia Eleitoral do PSOL, Política de Alianças do PSOL.
4- Resoluções TSE, TRE e PSOL.

Resolução: Nº 23.341

9 de maio – quarta-feira
(151 dias antes)
1. Último dia para o eleitor  requerer inscrição eleitoral ou
transferência de domicílio (Lei nº 9.504/97, art. 91, caput).
2. Último dia para o eleitor que mudou de residência dentro do
Município pedir alteração no seu título eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 91, caput e
Resolução nº 20.166/98).
3. Último dia para o eleitor  com deficiência ou mobilidade
reduzida solicitar sua transferência para Seção Eleitoral Especial
(Lei nº 9.504/97, art. 91, caput e Resolução nº 21.008/2002, art. 2º).
30 de junho último dia para convenção do partido.
05 de julho registro de candidatos a vereador e prefeito.
06 de julho inicio de propaganda eleitoral
04 de outubro (3 dias antes da eleição)
07 de outubro eleição

Mais informações...
http://hartmutkraft.blogspot.com/2011/12/resolucao-n-23341.html

Ficha Limpa vai para o tudo ou nada no STF



Depois de adiar duas vezes o julgamento, Supremo agora tem quórum completo para definir destino da lei. Mas posição de nova ministra ainda é uma incógnita mesmo para seus colegas

Empossada em dezembro, Rosa Maria Weber evitou expressar opinião sobre a Ficha Limpa. Foto: Fellipe Sampaio/STF
Um ano e meio após virar lei e agitar a última corrida eleitoral em todo o país, a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) caminha para ter sua sorte decidida nos primeiros meses de 2012, antes do começo do novo processo eleitoral. Depois de adiar por duas vezes o julgamento sobre a validade da lei que proíbe a candidatura de pessoas condenadas por órgãos colegiados da Justiça, o Supremo Tribunal Federal (STF) trata como prioridade a conclusão da análise da norma. Os ministros voltam ao trabalho no dia 6 de fevereiro. Agora, com o quórum completo de 11 magistrados. Mesmo assim, o destino da lei ainda está cercado de incertezas.
A posição da ministra Rosa Maria Weber, empossada em 19 de dezembro, em relação à Ficha Limpa ainda é uma incógnita. Para não se considerar impedida no julgamento, ela evitou fazer qualquer comentário público sobre a norma. E como veio do Tribunal Superior do Trabalho (TST), não lidou com a legislação eleitoral durante sua carreira como magistrada.


Entre os ministros que se alinham pela constitucionalidade da lei, a avaliação é de que a norma deve ser aprovada pela mais alta corte do país. Eles acreditam que a maioria dos integrantes do STF vai votar a favor da manutenção do texto. Porém, como poucos ministros se manifestaram sobre o conteúdo, o resultado ainda é um mistério.

Limitação
Integrantes do STF acreditam, no entanto, que a corte pode adotar procedimento similar ao do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2010. Ao analisarem os recursos questionando o indeferimento de registros de candidaturas, os ministros da corte eleitoral limitaram, em alguns casos, o alcance da lei. Isso ocorreu em pelo menos três casos envolvendo candidatos condenados anteriormente por abuso de poder econômico e político.
Os então candidatos aos governos do Maranhão, Jackson Lago, e de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), tiveram como pena, na época da condenação, a inelegibilidade de três anos. Na visão da corte eleitoral, a lei não podia retroagir para aumentar a sanção inicialmente imposta contra o político. Candidato a deputado federal, Beto Mansur (PP-SP) recebeu o mesmo tratamento do tribunal.
A tendência de limitar o alcance da Lei da Ficha Limpa já pode ser observada no voto do relator dos casos em pauta, ministro Luiz Fux. Em 9 de novembro, o relator das três ações – duas declaratórias de constitucionalidade e uma direta de inconstitucionalidade – encontrou problemas em dois trechos. Em uma das vezes, porém, ele voltou atrás.
Para Fux, a fixação do prazo de oito anos de inelegibilidade após o cumprimento da pena, previsto na alínea “e”, era desproporcional. Ele acreditava que esse prazo deveria ser descontado do período entre a condenação e o trânsito em julgado da sentença. Quase um mês depois, em 1o de dezembro, ele manteve a posição quando o ministro Joaquim Barbosa trouxe seu voto vista.
Quando apresentou seu voto, Fux entendeu que a inelegibilidade de oito anos após o fim do mandato para quem renunciar era exagerada. Ele questionou o fato de a sanção ocorrer por conta de mera petição para abertura de processo que pode levar à cassação de mandato. Na prática, o entendimento do relator mantinha o atual cenário político: se um parlamentar renunciar após a abertura de processo, a investigação continua e ele fica inelegível.
Na sessão seguinte, Fux mudou seu voto. Ele disse que, ao analisar o “espírito da lei”, decidiu reavaliar sua posição. Por isso, votou pela constitucionalidade da alínea “k”. O dispositivo torna inelegíveis os que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo durante oito anos seguintes após o término do mandato.
Posições
Além de Fux, apresentou seu voto o ministro Joaquim Barbosa. Ele foi o responsável pelo primeiro adiamento do julgamento. O integrante do STF justificou na época o pedido de vista para evitar um novo impasse. Menos de um mês depois, ainda com o quórum da corte incompleto, ele apresentou sua posição aos colegas.
Joaquim Barbosa votou pela constitucionalidade completa da Lei da Ficha Limpa. Depois que ele apresentou sua posição, o julgamento foi adiado mais uma vez, por conta da vista pedida por José Dias Toffoli. Quando os casos retornarem à pauta, o julgamento será reiniciado com o voto de Toffoli. Depois, será a vez de Rosa Maria Weber expressar sua posição.


Na sequência, votam a ministra Cármen Lúcia e os ministros Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Brito – três notórios defensores das novas regras de inelegibilidade –, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e o presidente do STF, Cezar Peluso.

Ações
Na tentativa de evitar que as eleições de 2012 ocorram no mesmo clima de incerteza do último pleito, o PPS e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entraram com ações declaratórias de constitucionalidade (ADC) no ano passado. As entidades querem que o Supremo decida se a ficha limpa está de acordo com a Constituição Federal ou não. O partido e a entidade são favoráveis à aplicação da lei, mas querem uma garantia definitiva de que ela será respeitada.
A primeira ADC foi apresentada pelo PPS em 19 de abril. O partido quer que a mais alta corte do país reconheça como constitucional a Ficha Limpa para fatos de inelegibilidade ocorridos antes da aprovação da nova lei. “Todas as causas de inelegibilidade previstas na Lei da Ficha Limpa possuem forte carga de reprovabilidade”, votou Fux.
Depois, em 3 de maio, foi a vez da OAB. Para a entidade, existe um quadro de insegurança jurídica por conta dos diferentes entendimentos adotados pela corte suprema e pelo TSE. Na ação, a OAB afirma que a Lei da Ficha Limpa, quando estabelece novas hipóteses de inelegibilidade, não fere os princípios da razoabilidade ou da proporcionalidade.
Já o pedido de declaração de inconstitucionalidade da lei foi apresentado pela Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL). A entidade questiona dispositivo da chamada Lei da Ficha Limpa que declara inelegível quem for excluído do exercício da profissão por decisão de conselho profissional.
Por um critério de desempate, os ministros decidiram no início do ano que as novas regras de inelegibilidade haviam sido válidas para as eleições de 2010. Depois, com o quorum completo após a posse de Luiz Fux, o entendimento da corte foi modificado. A tese vencedora foi de que as novas regras de inelegibilidade devem respeitar o princípio da anualidade previsto no artigo 16 da Constituição Federal. A Carta Magna prevê que leis que alterem o processo eleitoral só passam a valer a partir de um ano após a sua publicação.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Subúrbio Operário - Versão Acústica

Recursos financeiros estatais e a privatária

 


Dinheiro só não basta! É preciso ser bem aplica, a eficiência na aplicação do dinheiro público. O desperdício de recursos financeiros em obras que não prioritárias. Muitas obras nem são necessárias dirá desejadas pela população. Quem está no governo faz por fazer, para mostrar serviço. Não basta fazer precisa ser bem feito. Mas fazer bem feito não significa que precisa gerar lucro para uma empresa privada.
A privatização de serviços Estatais (públicos) beneficia interesses de empresas e pessoas de influência. Como verdadeiros piratas o que demonstra o livro Privataria Tucana. Do jornalista Amaury Ribeiro Jr. “A Privataria Tucana”, resultado de 12 anos de trabalho do premiado repórter, que durante a campanha eleitoral do ano passado foi acusado de participar de um grupo cujo objetivo era quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos. Ribeiro Jr. acabou indiciado pela Polícia Federal e tornou-se involuntariamente personagem da disputa presidencial.
Na edição que chega às bancas em dezembro de 2011, CartaCapital traz um relato exclusivo e minucioso do conteúdo do livro de 343 páginas publicado pela Geração Editorial e uma entrevista com autor (reproduzida abaixo). A obra apresenta documentos inéditos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, todos recolhidos em fontes públicas, entre elas os arquivos da CPI do Banestado. José Serra é o personagem central dessa história. Amigos e parentes do ex-governador paulista operaram um complexo sistema de maracutaias financeiras que prosperou no auge do processo de privatização.
Ribeiro Jr. elenca uma série de personagens envolvidas com a “privataria” dos anos 1990, todos ligados a Serra, aí incluídos a filha, Verônica Serra, o genro, Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado. Mas quem brilha mesmo é o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira. Ex-tesoureiro de Serra e FHC, Oliveira, ou Mister Big, é o cérebro por trás da complexa engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os recursos desviados da privatização.
O livro traz, por exemplo, documentos nunca antes revelados que provam depósitos de uma empresa de Carlos Jereissati, participante do consórcio que arrematou a Tele Norte Leste, antiga Telemar, hoje OI, na conta de uma companhia de Oliveira nas Ilhas Virgens Britânicas. Também revela que Preciado movimentou 2,5 bilhões de dólares por meio de outra conta do mesmo Oliveira. Segundo o livro, o ex-tesoureiro de Serra tirou ou internou no Brasil, em seu nome, cerca de 20 milhões de dólares em três anos.
A Decidir.com, sociedade de Verônica Serra e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, também se valeu do esquema. Outra revelação: a filha do ex-governador acabou indiciada pela Polícia Federal por causa da quebra de sigilo de 60 milhões de brasileiros. Por meio de um contrato da Decidir com o Banco do Brasil, cuja existência foi revelada por CartaCapital em 2010, Verônica teve acesso de forma ilegal a cadastros bancários e fiscais em poder da instituição financeira.
Na entrevista a seguir, Ribeiro Jr. explica como reuniu os documentos para produzir o livro, refaz o caminho das disputas no PSDB e no PT que o colocaram no centro da campanha eleitoral de 2010 e afirma: “Serra sempre teve medo do que seria publicado no livro”.



CartaCapital: Por que você decidiu investigar o processo de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso?
Amaury Ribeiro Jr.: Em 2000, quando eu era repórter de O Globo, tomei gosto pelo tema. Antes, minha área da atuação era a de reportagens sobre direitos humanos e crimes da ditadura militar. Mas, no início do século, começaram a estourar os escândalos a envolver Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-tesoureiro de campanha do PSDB e ex-diretor do Banco do Brasil). Então, comecei a investigar essa coisa de lavagem de dinheiro. Nunca mais abandonei esse tema. Minha vida profissional passou a ser sinônimo disso.

CC: Quem lhe pediu para investigar o envolvimento de José Serra nesse esquema de lavagem de dinheiro?
ARJ: Quando comecei, não tinha esse foco. Em 2007, depois de ter sido baleado em Brasília, voltei a trabalhar em Belo Horizonte, como repórter do Estado de Minas. Então, me pediram para investigar como Serra estava colocando espiões para bisbilhotar Aécio Neves, que era o governador do estado. Era uma informação que vinha de cima, do governo de Minas. Hoje, sabemos que isso era feito por uma empresa (a Fence, contratada por Serra), conforme eu explico no livro, que traz documentação mostrando que foi usado dinheiro público para isso.

CC: Ficou surpreso com o resultado da investigação?
ARJ: A apuração demonstrou aquilo que todo mundo sempre soube que Serra fazia. Na verdade, são duas coisas que o PSDB sempre fez: investigação dos adversários e esquemas de contrainformação. Isso ficou bem evidenciado em muitas ocasiões, como no caso da Lunus (que derrubou a candidatura de Roseana Sarney, então do PFL, em 2002) e o núcleo de inteligência da Anvisa (montado por Serra no Ministério da Saúde), com os personagens de sempre, Marcelo Itagiba (ex-delegado da PF e ex-deputado federal tucano) à frente. Uma coisa que não está no livro é que esse mesmo pessoal trabalhou na campanha de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, mas sob o comando de um jornalista de Brasília, Mino Pedrosa. Era uma turma que tinha também Dadá (Idalísio dos Santos, araponga da Aeronáutica) e Onézimo Souza (ex-delegado da PF).

CC: O que você foi fazer na campanha de Dilma Rousseff, em 2010?
ARJ: Um amigo, o jornalista Luiz Lanzetta, era o responsável pela assessoria de imprensa da campanha da Dilma. Ele me chamou porque estava preocupado com o vazamento geral de informações na casa onde se discutia a estratégia de campanha do PT, no Lago Sul de Brasília. Parecia claro que o pessoal do PSDB havia colocado gente para roubar informações. Mesmo em reuniões onde só estavam duas ou três pessoas, tudo aparecia na mídia no dia seguinte. Era uma situação totalmente complicada.

CC: Você foi chamado para acabar com os vazamentos?
ARJ: Eu fui chamado para dar uma orientação sobre o que fazer, intermediar um contrato com gente capaz de resolver o problema, o que acabou não acontecendo. Eu busquei ajuda com o Dadá, que me trouxe, em seguida, o ex-delegado Onézimo Souza. Não tinha nada de grampear ou investigar a vida de outros candidatos. Esse “núcleo de inteligência” que até Prêmio Esso deu nunca existiu, é uma mentira deliberada. Houve uma única reunião para se discutir o assunto, no restaurante Fritz (na Asa Sul de Brasília), mas logo depois eu percebi que tinha caído numa armadilha.

CC: Mas o que, exatamente, vocês pensavam em fazer com relação aos vazamentos?
ARJ: Havia dentro do grupo de Serra um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que tinha se desentendido com Marcelo Itagiba. O nome dele é Luiz Fernando Barcellos, conhecido na comunidade de informações como “agente Jardim”. A gente pensou em usá-lo como infiltrado, dentro do esquema de Serra, para chegar a quem, na campanha de Dilma, estava vazando informações. Mas essa ideia nunca foi posta em prática.

CC: Você é o responsável pela quebra de sigilo de tucanos e da filha de Serra, Verônica, na agência da Receita Federal de Mauá?
ARJ: Aquilo foi uma armação, pagaram para um despachante para me incriminar. Não conheço ninguém em Mauá, nunca estive lá. Aquilo faz parte do conhecido esquema de contrainformação, uma especialidade do PSDB.

CC: E por que o PSDB teria interesse em incriminá-lo?
ARJ: Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado, começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou em pânico. Aí partiram para cima de mim, primeiro com a história de Eduardo Jorge Caldeira (vice-presidente do PSDB), depois, da filha do Serra, o que é uma piada, porque ela já estava incriminada, justamente por crime de quebra de sigilo. Eu acho, inclusive, que Eduardo Jorge estimulou essa coisa porque, no fundo, queria apavorar Serra. Ele nunca perdoou Serra por ter sido colocado de lado na campanha de 2010.

CC: Mas o fato é que José Serra conseguiu que sua matéria não fosse publicada no Estado de Minas.
ARJ: É verdade, a matéria não saiu. Ele ligou para o próprio Aécio para intervir no Estado de Minas e, de quebra, conseguiu um convite para ir à festa de 80 anos do jornal. Nenhuma novidade, porque todo mundo sabe que Serra tem mania de interferir em redações, que é um cara vingativo.

Fonte:
www.cartacapital.com.br/politica/a-“privataria-tucana”-de-amaury-ribeiro-jr-chega-as-bancas-cartacapital-relata-o-que-ha-no-livro/

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CURSO DE VERÃO

Dia 04 e 05/01/12 na escola Hercílio Deeke das 8 h as 12 e das 14 as 17h 


Estaremos garantido que estaremos lá o Curso de Verão já é uma realidade os temas 'Fé é Política", (Jó)"fé e Projeto de Vida" Salmo 33, Fé e Libertação (Gênese) etc....

Contamos com todos!

Hartmut Kraft